quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CAIXA


Escrevo pela possibilidade de abrir uma caixa em lugar onde seja terminantemente proibido guardar. Não se guarda papel de presente amassado, embalagem de bombom, fotos antigas... A decoração é sempre clean. Não há espaço para fundos de gaveta nem lembranças de viagem. O escritor mais lido não tem livros em suas estantes. Há arquivos no computador, mas estão quase sempre na mira da perdição. Uma pane no HD e adeus memória, foto, registro e tudo o mais. Mesmo assim, eu abro a caixa. Nem sei direito o que de lá se dá ao direito de sair, mas abro assim mesmo. Quem me acompanha?