sábado, 8 de março de 2014

Ser mais mulher...

Depois que os filhos chegam a gente percebe o quanto se gasta de tempo e dinheiro para se manter uma mulher com um mínimo de aparência: depilação, unha, tintura de cabelo, roupa, sapato, bolsa, maquiagem, perfumes, cosméticos, filtro solar... É muita coisa! Você poderia dizer que se eu fizesse tudo isso em casa economizaria bastante, certo? Errado. Depois de horas na cozinha, dar banho em criança, lavar louça, lavar roupa, trabalhar fora, fazer comida, arrumar mochila pra escola, não sobra disposição para se depilar ou fazer as unhas na madrugada. Às  vezes eu faço, quando não tenho que fazer algo do trabalho nesse horário, o que não é raro. Vendo cosméticos por catálogo para complementar a renda, o que medescontos ao comprar pra mim. Algumas vezes a linha tem cinco produtos para a pele e eu uso dois, pois estou morta e sem coragem. Tintura de cabelo é uma desgraça. No fim, não é o cabelo que está pintado, mas a casa toda. Sou um fiasco como cabeleireira de ocasião. Pra disfarçar vou arrancando os fios brancos, mas não adianta muito. Roupa também é um parto. Para comprar barato é preciso pesquisar e eu não gosto muito de andar em loja, prefiro comprar na internet. O problema é que penso muito (sempre fui muito comedida com dinheiro) e acabo não comprando nada. Ou seja, acabo mal vestida, mal depilada, grisalha e de unha lascada...  Estressada, ataco a geladeira e acrescento GORDA à lista. Ainda mais quando o marido resolve fazer bolo de chocolate ou pudim de leite... 2014 chega e com ele começo uma dieta, compro dois vestidos e vamos ver no que vai dar esta empreitada de ser um pouco mais MULHER...


Um comentário:

almadelua disse...

Fabiana,

Embora a nossa Condição Humana responda pela Unidade, existem certas características peculiares da natureza masculina e feminina.

De qualquer forma a abençoada chegada de um ou mais filhos é sinal garantido de uma revolução total – e esse é o dilema => abdicar por um lapso de tempo considerável das inúmeras oportunidades ($$) e estímulos exteriores que a “sociedade” apresenta nesse “tido mundo moderno”, pela árdua e absolutamente real rotina / pressão que é exigida para a estruturação de um Lar...

Provavelmente não posso responder sobre as peculiaridades, pois minha essência é masculina; mas, considerando a nossa Condição Humana, acredito que o maior problema seja essa tendência (que vem do exterior) e nos programa a ilusão de que o poço tenha um fundo => ou seja, nossas projeções estão sempre levando em conta que as inevitáveis circunstâncias adversas, que de uma forma ou de outra estruturam a essência do nosso Caminho, teriam plena resolução condicionadas a partícula SE dentro dos modelos padronizados de forma e conteúdo...

No entanto, em qualquer momento presente sempre estaremos habilitados para encontrar o ponto de equilíbrio subjetivo (que vem do lado de dentro), que corresponderá em última análise à missão de que temos um Templo a zelar num poço sem fundo...

Com Afeto,