Ser mais mulher...
Depois que os filhos
chegam a gente percebe o quanto se gasta
de tempo e dinheiro
para se manter
uma mulher com
um mínimo
de aparência: depilação, unha, tintura
de cabelo, roupa,
sapato, bolsa,
maquiagem, perfumes,
cosméticos, filtro
solar... É muita
coisa! Você
poderia dizer
que se eu
fizesse tudo isso
em casa
economizaria bastante, certo? Errado. Depois
de horas na cozinha,
dar banho em criança, lavar louça, lavar roupa, trabalhar fora, fazer comida, arrumar mochila pra escola, não sobra disposição
para se depilar
ou fazer as unhas na madrugada.
Às vezes
eu faço, quando
não tenho que
fazer algo do
trabalho nesse horário,
o que não
é raro. Vendo cosméticos
por catálogo
para complementar
a renda, o que
me dá descontos
ao comprar pra mim.
Algumas vezes a linha
tem cinco produtos
para a pele
e eu só
uso dois,
pois já
estou morta e sem
coragem. Tintura
de cabelo é uma desgraça.
No fim, não
é só o cabelo
que está pintado,
mas a casa
toda. Sou um
fiasco como
cabeleireira de ocasião.
Pra disfarçar vou arrancando os fios
brancos, mas
não adianta muito.
Roupa também
é um parto.
Para comprar barato é preciso
pesquisar e eu
não gosto
muito de andar
em loja,
prefiro comprar na internet.
O problema é que
penso muito
(sempre fui muito
comedida com
dinheiro) e acabo não
comprando nada. Ou
seja, acabo mal vestida,
mal depilada, grisalha
e de unha lascada... Estressada, ataco a geladeira
e acrescento GORDA à lista. Ainda mais quando o marido resolve fazer bolo de chocolate
ou pudim
de leite... 2014 chega
e com ele
começo uma dieta,
compro dois vestidos
e vamos ver no que
vai dar esta empreitada
de ser um pouco mais MULHER...
Um comentário:
Fabiana,
Embora a nossa Condição Humana responda pela Unidade, existem certas características peculiares da natureza masculina e feminina.
De qualquer forma a abençoada chegada de um ou mais filhos é sinal garantido de uma revolução total – e esse é o dilema => abdicar por um lapso de tempo considerável das inúmeras oportunidades ($$) e estímulos exteriores que a “sociedade” apresenta nesse “tido mundo moderno”, pela árdua e absolutamente real rotina / pressão que é exigida para a estruturação de um Lar...
Provavelmente não posso responder sobre as peculiaridades, pois minha essência é masculina; mas, considerando a nossa Condição Humana, acredito que o maior problema seja essa tendência (que vem do exterior) e nos programa a ilusão de que o poço tenha um fundo => ou seja, nossas projeções estão sempre levando em conta que as inevitáveis circunstâncias adversas, que de uma forma ou de outra estruturam a essência do nosso Caminho, teriam plena resolução condicionadas a partícula SE dentro dos modelos padronizados de forma e conteúdo...
No entanto, em qualquer momento presente sempre estaremos habilitados para encontrar o ponto de equilíbrio subjetivo (que vem do lado de dentro), que corresponderá em última análise à missão de que temos um Templo a zelar num poço sem fundo...
Com Afeto,
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